Gaga apresenta seu mais novo clipe com a mensagem que o amor vence o dinheiro
Por Gui Lagrotta
Pois é, né gente, a Gaga tá de volta. E olha, eu sou uma pessoa que tenho certo “preconceito” com ela. Desde que tudo começou a ficar demais e extrapolar os sentidos da arte, o despencar começou.
Não preciso aqui dizer tudo que ela passou nos últimos longos meses e acho que nem é o foco. Fato é que, de onde estávamos para onde chegamos com o recente ARTPOP film e seus onze minutos de duração, verdadeiros evolução e equilíbrio estiveram presentes.
Lady Gaga, aquela de The Fame, voltou a aparecer. Naqueles tempos, era muito mais pop do que arte e sua evolução artística acabou atropelando as coisas. Acabou trazendo materiais inconsistentes naquilo que era sua essência principal.
Applause trouxe o equilíbrio e fazia jus ao nome do álbum. Repetir isso não foi fácil. O momento que vai de Do What U Want até o comentado vômito pode ser apagado. Representa muito mais arte e busca por atenção do que pop. Representa uma legião ENORME de fãs que, com o perdão do trocadilho, vomitou asneiras sobre sua Mother Monster e o significado daquilo tudo.
Bom para a carreira ou para os pensamentos de Gaga? Não sei. O resultado foi incrível, equilibrado. Foi ART e POP. Juntando algumas faixas do seu álbum e fingindo que DWUW não existiu, ela foi lá e tratou de colocar Venus no meio da jogada. Fazia todo sentido, era agora ou nunca.
Gaga parece ter sofrido bastante, mas superou tudo com um filme completo e no ponto para ser algo bom. Tem mitologia grega (Eros ou Cupido representando o amor), tem crítica social (a ganância pelo dinheiro), tem moda, tem o olho que tudo vê e, é claro, umas coisas illuminatis. E não estou citando tudo.
Ainda posso falar sobre Jesus Cristo, Mahatma Gandhi, John Lennon (aparece nos créditos) e Michael Jackson dando seu sangue para gerar uma frota de clones que substituirão as pessoas gananciosas. G.U.Y. fala exatamente disso. A salvação de uma humanidade, que só pensa no dinheiro, através do sangue de grandes líderes.
Bom, esse é um dos significados que o material apresenta e, se fossemos falar de tudo, seria uma grande tese cheia de detalhes como a sandália de Gaga que tem asinhas e pode ser uma referência a Hermes, o mensageiro dos deuses.
O que importa é que a história encaixa com as faixas, a direção de Gaga foi boa, tudo vai se amarrando e encaixando de uma forma bem sutil, os cenários (principalmente aquele azul e dourado) são de babar e nada disso fica cansativo ao longo dos oito minutos em que é desenrolado.
MAS… a vida nunca é um mar de rosas. Entendo que a vibe seja um ~filme~, só que aqueles créditos intermináveis só ficam apetitosos pela faixa (cortada no meio e reiniciada DO NADA) mais pop do álbum, ManIcure. Me desculpem os mais fãs, mas ficou com um ar de Valesca Popozuda.
No fim, só um apelo: PELO AMOR DE DEUS LADY GAGA, continue assim. Equilibrada!
E você, o que achou? Comente. 😀