Qual o valor que você dá as suas amizades? Vivemos em um mundo com tanta agilidade, que a cada dia queremos tudo com muito mais facilidades. É amor, amigo, felicidade, sucesso, tudo de forma ágil. Quando pensamos em conquista, em dedicação, já vem a preguiça, o ranço, o imediatismo. Afinal pra que?
Com as redes sociais nos acostumamos a não ter paciencia para textos com mais de 145 carácteres, para vídeos com mais de 1 minuto e para áudios com mais de 30s. Nos tornamos especiais, resolvidos, autossuficientes. Nosso contato está em um direct, um like, nos expressamos com apenas um emoji e temos preguiça de qualquer assunto que fuja do nosso entendimento, afinal, quando não conhecemos algo, basta fingir inteligência, dar um google e está tudo resolvido.
Mas sabe qual é o problema? Estamos nos tornando pessoas vazias, sem paciência para ouvir, para ser ouvido. Estamos cada vez mais sozinhos e ao mesmo tempo rodeados de seguidores, amigos virtuais e baladeiros. Ouvimos tanto a palavra amigo e amor, mas no final não sabemos mais lidar com a dor do outro e não sabemos mais entregar o nosso apoio. Cada vez mais optamos pelas amizades fáceis, aquelas divertidas, que arrancam sorrisos, que te levam para os fervos ou ainda aos amores que te deixam excitado, a paixão louca e ao desejo de ter tudo em um curto espaço de tempo, mas e o depois?
Eu sou aquele tipo de amigo que sou ótimo para beber, dançar até o chão e ferver até as 06h da manhã, mas também sei o meu papel quando o buraco aperta. Opto sempre por estar disponível para um bom papo, para ligações, áudios gigantes e boas conversas. Tenho me preocupado em reconhecer quem são as pessoas com quem eu realmente por criar um vínculo e descartado todas as possibilidades vazias e efêmeras.
Temos que voltar a aprender ouvir, para que possamos ter com quem contar. Hoje a lágrima que tu ajuda a secar, a palavra de incentivo e o apoio dado, será a recompensa que terá quando o papel se inverter. Lembre-se ninguém está o tempo todo feliz e nem o tempo todo triste. Somos seres humanos e somos feitos de relações, então, olhar para essas relações assumir o seu papel e criar vínculos verdadeiros, vai resultar em uma vida mais leve, com gente de verdade e nada melhor que olhar para sí e enxergar pessoas que te ajudaram a construir quem és.
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