O top DJ Filipe Guerra retorna para e.music com o novo single ‘Take a Chance’, que chega ao mercado após diversas polêmicas, muitas expectativas e forte apelo por parte da mídia voltada ao público LGBT. O hit que já é destaque nas principais pistas, foi apresentado ao público com exclusividade pela Ômega Hitz Brasil e em entrevista exclusiva o top DJ fala sobre as novidades da carreira, o novo projeto e sobre a nova parceria com a cantora brasileira Lu Guessa.
Por Pedro Pitanga
Ômega Hitz: Um novo single e uma nova parceria, está surgindo um novo Filipe Guerra?
Filipe Guerra: Desde o começo do ano já vinha surgindo um novo Filipe Guerra. Esse novo single só marca essa nova fase da minha carreira. É extremamente importante quando você confia em si e sabe o lugar que quer chegar, e isso sempre fez parte da minha personalidade. Porém agora muito mais forte. Estou entrando nos meus 26 anos, agora acabou a hora de brincar de fazer as coisas, estou construindo os meus próximos 10 anos. Com muito pé no chão, antes de tudo.
Você ganhou projeção nacional na parceria com a cantora Lorena Simpson, com o finalização do projeto muitas questões foram pautas, como foi lidar as especulações e com a pressão para o lançamento de um novo projeto?
Eu sempre falo que a parceria com a Lorena jamais vai terminar. Enquanto ela tem acordo contratual com outros, comigo ela tem uma ligação de amizade, de fraternidade, que é bem diferente. Por isso ganhamos projeção nacional, pois desde o princípio o trabalho foi verdadeiro, não buscava seguir fórmulas, nem mesmo visava apenas lucro, era nossa vontade em fazer o que mais gostamos: música. E sempre, a cada música lançada, não importa a fase da vida, podem se passar mais 20 anos, lançar um single inédito é um processo bastante complicado para um cara que é perfeccionista ao extremo. Se não está do jeito que eu imagino ou almejo, eu prefiro refazer. Essa coisa “workaholic” me prejudica um pouco, tento amenizar isso, mas ainda é muito forte.
Lorena Simpson segue na MaxPop, já Filipe Guerra optou caminhos próprios. Como ficou a relação com a cantora e o que diferencia o Filipe Guerra de hoje para os tempos da MaxPop?
Eu nunca tive contrato assinado, nunca quis, acho que foi muito bom nunca ter feito isso. Como eu falei a minha relação com a Lorena é de irmão. Nos falamos praticamente todos os dias,ainda hoje participo diretamente de muita coisa da carreira dela, junto com a equipe de produção brilhante que a cerca na produção dos seus shows. E o melhor é que somos todos amigos. Eu brinco que conseguimos construir a nossa “haus of gaga” (grupo de intelectuais e artistas que produzem os elementos visuais, artísticos e de todo o show business da Lady Gaga) brasileira.
Hoje eu tenho tempo para isso, para estudar marketing, música pop, testar novos formatos de produção musical, compor. Uma das coisas que poucos sabem é que junto com a LuGuessa, (aliás letrista de mão cheia), estamos compondo coisas para a música pop nacional. Eu sempre achei que a música brasileira parou um pouco no tempo e nos padrões estabelecidos pelo mercado norte-americano, e todo meu tempo livre tem sido para isso. Os projetos vão vir a cena gradualmente.
Suas músicas sempre trazem uma carga melódica com letras que expressam o amor, o amor próprio ou ainda a liberdade. De onde surge a inspiração para os singles?
Todas as músicas são retratos de experiências vividas. E o melhor é que as pessoas se identificam com isso. Por muito tempo a música eletrônica em geral, andava fria, sem vida, e era necessário levar um sentimento de volta para as pessoas. Principalmente na noite gay, qual costumo tocar com mais frequência. Se eu posso mudar uma situação e tenho o dom da música para isso, que assim seja. Deus manda instrumentos e dons para aproveitarmos o melhor deles, e com certeza levando coisas boas, estamos agradecendo por tudo que é recebido.
Você foi responsável, junto com Lorena Simpson, por uma revolução na cena, agregou valores e ampliou a visibilidade para o mercado interno. Como é lidar com essa informação, com o assédio de DJs, produtores e o público?
Talvez ser um cara muito acessível ajudou nisso tudo, eu escuto bastante o que o público deseja. Isso proporcionou a mudança, levamos no momento exato, com a qualidade exata, o que o público queria. Conseguimos tirar o estereótipo de música “gay” para virar uma house music que pode ser executada numa rádio com alcance internacional.
Take a Chance chega ao mercado depois de muita expectativa. Como foi o processo de composição e criação do single?
Surgiu depois que eu toquei numa festa no Rio chamada “Outside” a qual conheci nos bastidores a LuGuessa. Lá tinha um piano velho que deu sorte nessa nova parceria boa da minha vida. Eu e a Lu começamos a nos falar via twitter, e ela me mostrou a idéia inicial de melodia e letra. Era exatamente o que eu estava pensando: as pessoas precisam dar chance para o amor, sem medo de dar certo ou errado. Depois nos reunimos várias vezes até concluir o resultado final.
Lu Guessa é sua nova parceira, como aconteceu essa parceria?
A Lu Guessa é uma musicista completa. Tenho aprendido muita coisa com ela. Ela vem de uma formação mais ligada ao rock, porém com um conhecimento em música eletrônica ímpar.
Somamos nossos conhecimentos e nossos mundos com a vontade em fazer música, já temos mais 4 músicas prontas. Ela vem mudar um pouco a visão dos shows que estamos acostumados. Agora é a vez de a música ser tocada ao vivo na pista de dança, e ela está pronta pra surpreender.
Ainda em ‘Take a Chance’, o single já foi apresentado aos ouvintes e já está em execução nas principais pistas do Brasil. Existe uma previsão de lançamento oficial com pack de remixes e quem participa desse projeto nos remixes?
Estamos finalizando o roteiro do videoclipe. Vamos lançar tudo junto, imagem e áudio. Posso adiantar que meus parceiros de remixes estarão presentes: Tommy Love, E-Thunder, Tannuri, Edson Pride, Jose Spinnin, Dazoo at Night e ainda outros.
Qual o comparativo que faz com o Filipe Guerra do passado?
O Ontem foi a escada para a gente conseguir ver o sol brilhar de amanhã.
Muitos tentam uma chance no mercado musical, principalmente na e-music. Qual a dica para quem está se aventurando nesse seguimento?
Fazer tudo com a maior sinceridade de todas. Sucesso é consequência de quem sonha, e de quem corre atrás.
Aos ouvintes da Ômega Hitz, o que dizer?
Obrigado a todos vocês que pedem minhas músicas, que votam e que fazem o sucesso acontecer.
Obrigado pelo carinho de sempre!