Julgamentos falam mais sobre quem os faz do que quem os recebe

“Quero ver os blogueiros sobreviverem sem os likes”
“Os biscoiteiros estão surtando”
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O que mais li nos últimos dois dias foram essas duas frases, escritas de diferentes maneiras, mas TODAS carregando a mesma mensagem. Comecei a refletir sobre e algumas perguntas me vieram à mente: o porquê de as pessoas estarem comemorando o fato de alguns blogueiros terem sido impactados, ou não, com essa nova política do Instagram? E mais, o que importa de verdade, se o cara é “biscoiteiro” e adora uma foto sem camisa, uma vez que o Instagram é dele e quem segue somos nós e não somos obrigado a isso.
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Estamos muito preocupados em apontar o dedo um para o outro, quando, na verdade, nossas atitudes são bem parecidas ou, na verdade, buscamos esconder algumas frustrações, mascarando-as com ataques. Se o cara posta fotos sem camisa em série, concorda que isso deveria ser um problema dele, umas vez que é a imagem dele projetada ali? O que nos cabe é a opção de não segui-lo, mas atacar fala mais sobre quem faz do que sobre quem recebe.
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Sobre os blogueiros, assim como ocorre comigo, a sensação parece ser a melhor possível. É a oportunidade de investir em conhecimento, produzir textos com conteúdo e levar de fato uma mensagem positiva. Eu, como jornalista, já escrevi sobre depressão, relacionamento abusivo, vício em sexo e tantos outros textos, que estão ali, expostos ao lado de fotos com abdômen marcado e está tudo bem.
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O que vale é refletir sobre o tempo que perdemos cuidando da vida do outro, se ele tem ou não seguidores, likes ou engajamento. Que aproveitemos esse tempo para olharmos para nós mesmos e, assim, descobrir infinitas maneiras de sermos felizes. Continuarei com fotos com e sem camisa, chamado de “biscoiteiro” ou não, porque esse cara sou, com ou sem likes.