Às vésperas da estreia de sua nova turnê, “Calor”, a cantora revela segredos de sua carreira e vida pessoal
Dona do mega hit “Masochist”, a cantora Paula Bencini estreia no próximo domingo em São Paulo, sua nova turnê, a “Calor Tour”. E, com exclusividade, nos revelou muitos detalhes, num bate-papo divertido. A famosa briga com Tommy Love, descobertas, segredos da vida pessoal, novidades e o casamento, que chegou ao fim após o sucesso nacional… Confira a entrevista completa e aproveite para fazer o download do seu novo single, “Calor”.
OH: Quem é Paula Bencini?
PB: É a “mulher bomba” que vive dentro da Ana Paula… Tento ao máximo restringi-la ao palco, mas ela sempre toma conta das situações. A Ana é uma mulher simples e a Paula Bencini, uma mutante exuberante. Costumo dizer que a Paula Bencini é aquilo que são para elas… (Risos!)
OH: Você representa o lado forte da música eletrônica, como se enxerga hoje nesse mercado?
PB: Eu faço as duas coisas que amo, juntas! Quando consegui unir minha história musical com a house music me senti plena! Hoje eu me sinto realizada em vários aspectos. Só o fato de ter um público cativo, que curte o meu trabalho e estar no mesmo nível de tanta gente boa, que eu sempre fui fã, já é boa parte da minha realização pessoal.
OH: De “Emotions” para “Calor”, tem um processo de anos. O que mudou na artista Paula Bencini e em sua visão de mercado musical?
PB: Atualmente eu me sinto mais envolvida nos projetos. Aprendi que para fazer um trabalho “virar”, você precisa estar inteiramente dentro dele, desde a criação da base até a elaboração dos shows e do material de divulgação. Gosto de acompanhar tudo… Dá trabalho, estressa, mas se a coisa vai ter minha cara, tem que ser assim! Hoje o mercado está crescendo, tenho muito orgulho de ver gente que começou praticamente junto comigo, como a Natalia (Damini), a Nicky (Valentine) e a Lu (Guessa) com seus nomes reconhecido até no exterior.
OH: Hoje, a Natalia Damini e a Nicky Valentine, que entraram junto com você no mercado eletrônico, já buscam um novo público, o pop. Você está “enraizada” no tribal? O mercado pop eletrônico não está nos seus planos?
PB: Eu amo o meu tribal, mas eu já devo ter umas três musicas com estilo mais pop! (Hehehe…) Eu faço musica toda hora e vou colocando no “estoque” (risos). Quando é a época adequada, eu lanço! Foi assim com a “Masochist”, “Deep fever”… A “Calor”, por exemplo, tem a letra datada em 19/06/2012. Uma delas, mais pop, está praticamente pronta. Eu acho tudo uma grande evolução, mas meu prazer, eu confesso, é a pista ao som do bom e velho “tribal a la Calderone”.
OH: O produtor Tommy Love passou pela sua carreira e foi um dos responsáveis pelo hit “Masochist”, além de “Emotions” e “You Are The One”. A parceria chegou ao final e fala-se da briga que os separou. O que representa o Tommy Love para você hoje e o que representou no passado?
PB: Em várias entrevistas que dei sempre comentei da nossa relação e do trabalho que vinha dele… Eu acredito que toda relação é uma rua de mão dupla e também acho que nós acabamos exigindo muito um do outro, por conta do excesso de trabalho. Sempre acreditei no potencial dele. Hoje ele é o que sempre batalhou pra ser! Eu o amo, mas pessoas mudam para que você possa aprender a deixá-las e as coisas dão errado para que você possa dar valor a elas quando estiverem certas… Por isso, nossa separação foi necessária!
OH: “Masochist” foi a música de 2012. Você, junto com o Lapetina, recebeu inúmeras indicações no Ômega Hitz Awards. O sucesso dessa faixa mudou a sua vida? Já se vê como uma cantora com notoriedade nacional?
PB: A “Maso” representa a “evolução” do meu trabalho junto com o DJ Lapetina. Ela veio da nossa convivência, praticamente de uma brincadeira… E o remix do Tommy Love também foi a nossa evolução. A primeira vez que eu a ouvi na The Week (e filmei) foi tão maravilhosa que até hoje me emociono ao lembrar! Eu não imaginava a proporção disso tudo… Apesar disso, não vejo notoriedade porque ainda não me explorei 100%. Quem sabe vejo nesse ano, não é?
OH: Como aconteceu a parceria com o Lapetina? E qual a real participação dele no projeto Paula Bencini, desde 2011?
PB: Foi o Eduardo (Chockomilk, que fez “Forget You” comigo, single não lançado oficialmente) que falou de mim para o Lapetina. O Lape é total low profile (pessoa que não gosta muito de aparecer), mas viu em mim uma pessoa com muita força de vontade… Ele é meu grande mentor! Muitos não sabem, mas ele abriu mão de lançar “Fetish” para eu vir com “Emotions”, isto porque ele queria que eu amadurecesse nossos projetos antes de gravar. Depois passou a desempenhar comigo um papel de produtor dos shows e diretor… Minha interpretação é ensaiada com ele! É um talento que ainda não foi merecidamente reconhecido.
OH: Você emendou três lançamentos, “Deep Fever”, “Dominatrix” e, agora, “Calor”. A Paula Bencini tem condições de sustentar três singles? E o tempo para família?
PB: Eu acho que quem sustenta meus singles é a pista… Tínhamos duas musicas prontas e a vontade de lançar! (risos) Fim do ano, quando teve aquela onda tenebrosa de calor, toda hora eu falava: – Ai, que calóoor… Ai a “coceirinha” de lançar outra veio de novo. A necessidade e problemas de saúde na família me puxaram muito pro trabalho. A vontade de vencer por eles me priva da presença, não se pode ter todas as coisas ao mesmo tempo… É uma lei! Por eles estarem em Taubaté e eu ter que ficar em SP para me dedicar, essa situação é inevitável. Isso, junto com uma serie de coisas, afetou meu casamento, que infelizmente ruiu! É a primeira vez que falo publicamente sobre isso, mas iniciei o ano solteira…
OH: Apesar de “Call Me Bitch” ter sido a primeira musica lançada com duas cantoras do segmento eletrônico nacional, você já havia gravado com Alex Marie e Sheila Carvalho uma faixa que não chegou ao mercado. O sucesso das meninas e a tentativa da Lorena com a Amannda, deixaram você ansiosa para apostar novamente na parceria com a Marie?
PB: O meu babado com a Marie vem dessa época da “First Class”. Já era uma vontade minha lançar algo com ela – minha grande amiga, conselheira e mãe guerreira. Essa musica que não foi oficialmente lançada, foi uma ideia do meu amigo Luiz Lima, que ama nós três de paixão! Como falei anteriormente, nossos projetos estão estocados e eles vêm no tempo que achamos certo, e “Calor” é tão boa, que dividir essa realização, essa alegria com a Marie, faz todo o sentido diante da nossa linda historia.
OH: De onde surgiu “Calor”? Música, titulo, conceito…?
PB: “Calor” foi produzida pelo Lapetina para a sua turnê no México em 2007. Para os vocais ele escolheu trechos de acapellas de Valeria Vix (El Tigre) e de The Soul Avengers (Macumba). Guardou a track pvt por todo esse tempo, até conhecer a “dona coceirinha aqui” (risos) e desenvolver todo o restante da letra. Será um single delicioso! É a união do que apresentei como personagem, junto a força do vocal da Alex Marie e o tribal marcante do Lapetina, que fará mais uma ou duas versões dela, pensando nos diversos tipos de pista. Teremos somente um remix – bombástico – e será feito por um grande produtor amigo nosso! (Surpresa!)
OH: Sua nova turnê estreia no próximo domingo e estamos um momento de grandes produções de palco. O mercado que evoluiu, hoje cobra isso das cantoras. Está preparada para mais uma vez enfrentar o público crítico? O que traz a ‘Calor Tour’, que não vimos na ‘Dominatrix Tour’?
PB: Olha… Eu fico insuportável na semana antes do show… No dia então… (Risos). Sou muito perfeccionista, para mim sempre tem que melhorar algo. Na verdade, me preparo para enfrentar o meu próprio senso crítico (risos). Aliás, críticas sempre vão existir… E temos que filtrá-las, ouvi-las! Ninguém agrada a todos, plenamente! Quero sim dar o meu melhor, cantar o que existe no meu coração, botar pra fora tudo que está doendo aqui dentro! Quem for vai entender tudo isso e vai ver que minha linha “passado e presente”, com vários mashups continua… Junto com um repertorio realmente “caloroso” dividido em dois atos. A ‘Calor Tour’ é o aperfeiçoamento da alegria e ritmo criada na ‘Dominatrix Tour’ e estrear na Blue Space (SP) é sempre uma honra!
OH: Se pudesse resumir sua vida em uma frase, que sirva de apoio a tanta gente que quer um espaço, qual seria a frase (ou palavra) que te define?
PB: Paciência, persistência e flexibilidade… Juntas com amor, fé, humildade e superação, te levam aonde você quer. Agarre as oportunidades! Elas são únicas, não sabemos quanto tempo temos!
Agora dá um play em “Calor” e faça seu download, pois está liberadíssimo!
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